A morte já foi um desejo, hoje é apenas um medo e uma incógnita. O medo é pelos que não sou, a incógnita é por mim.
Quando mais jovem, já pedi por ela, escreví cartas de despedida e planejei sua chegada por meios mais autorais. Ela porém, caprichosa, só vem quando quer, mesmo que não queiramos ou que a queiramos muito. Com muita análise, aspirina e descarrego, fui aceitando que estar aqui é uma condição nem tão boa e nem tão ruim, quiçá escolhida em um lugar distante. E já que a vida precisa ser preenchida, o melhor que faço é preenchê-la fazendo pelos outros o que ninguém em sã consciência quer fazer. Seria esse uma espécie de karma?Sendo ou não, não quero morrer logo, ainda tenho muito karma pra queimar.
Enquanto os outros vão embora, sinto um misto de saudade carnal com inveja e alívio! Dói pra caralho, mas eu sei que estão bem.
Qualquer lugar é melhor que aqui!
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