Passei um tempo de recolhimento involuntário. Sim,
involuntário!
“Meu Deus do céu! Porque não consigo mais me colocar no
mundo???”
Minha arte sempre foi A forma como melhor existo e por algum
tempo, acreditei que estava deixando de existir. Muita angústia me tomou nesses
meses, mas não tristeza. Apenas um torpor que não me deixava criar mais nada!
Acontece que nesse tempo longe da minha criação, eu estava
voltando aos meus criadores. Eu precisava mais deles do que achava que o mundo
precisava de minhas ínfimas contribuições.
Deus? Cristo? Universo?
Há pelo menos três
anos eu não me aproximava de minhas fortalezas espirituais, desde que decidi
sair de dogmas e instituiçõe que muito ensinaram, mas também me podaram. Bem
aos poucos, comecei reconectar-me e uma nova forma de olhar para esse
Cristo pelo qual me batizei se iniciou dentro do meu conceito de
espiritualidade. Passei ver-me também de uma forma diferente , como um ser infinito, cheio
de caminhos anteriores e com muitas coisas à aprender. Uma boa
dose de humildade não faz mal à ninguém!
Só que...
Muitos, antes de mim mesma, viam-me como bruxa e na leveza
da vida, passei a me identificar metaforicamente
como tal; Ser bruxa é transformar dor em arte? Então eu sou! É ler a vida nas
cartas do tarô, trabalhar com a força e a ajuda dos elementos ? Sempre fui então,
poxa! Mesmo quando recebia a linguagem dos
anjos na igreja evangélica e tremia ao
sentir a presença de um Ser superior que me tomava os sentidos! Acontece que na
hora certa, sinais de que algo a mais em minha jornada pessoal ainda estava
para acontecer, começaram a surgir. E de uns tempos para cá, comecei a estudar
sobre essa outra arte que me foi destinada em outras vidas: a magia! O poder
pessoal que nos torna atuantes com o cosmos e nos deixa mais próxima de Deus,
seja ele ou ela como você o reconhece!
De início tudo me pareceu uma brincadeira, mas com o tempo
fui me reconhecendo e sentindo : Eu faço isso há anos, décadas, séculos!
Estou apenas retomando os conhecimentos que me foram ensinados por mulheres
antes de mim!
Não me sinto mal e nem destoante do que aprendi durante
tantos anos dentro de um lar cristão. Se transformar água em vinho e curar
pessoas com o poder da palavra, sempre cheia de amor e boas intenções não é um
tipo máximo de magia, o que seria? Com o
espiritismo, aprendi que não existem milagres, tudo é natural !Nós é que não
temos muitas vezes a evolução necessária para lidar com as energias universais.
E é por isso mesmo que me identifiquei com esse tipo de magia, que não é
religião e que não traz dogmas ou deidades para ser praticada: A Magia
Natural!A Bruxaria Natural!
No fundo, mesmo
cheios de entidades, nomes, invocações, cores, velas, véus, ritos, formas de
ver a evolução espiritual...todos estamos no mesmo barco, indo para o mesmo
destino e buscando a mesma sabedoria. Abençoado seja quem com ela transcender!
Que assim seja se for para o bem de todos!
Assim é!

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