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| O desfiladeiro das mulheres selvagens- Pierre-Auguste Renoir |
Essas duas ultimas semanas foram muito proveitosas “culturalmente”
falando.
O porque das aspas no culturalmente? Bom, só explicando,
isso de falar que “adquirimos cultura”
no fato de vermos exposições, lermos livros e etc, é errado. Nós
adquirimos CONHECIMENTO com isso. Cultura é aquilo que adquirimos quando inseridos em uma
sociedade, são as regras simbólicas que seguimos sem perceber. Por exemplo:
Usar roupa é cultura, pois no nosso país tropical, muito mais vantajoso seria
se andássemos nus, pensando apenas biologicamente. Comer é orgânico, cozinhar a
comida é cultural. Ou seja: não existem pessoas “incultas”, o ser humano é
cultural desde que nasce e muito menos existe agregação de valor em culturas
distintas. Cada povo tem uma cultura diferente.
Bem, eu escrevi isso não sei nem porque, rs. Mas voltando ao
assunto do post, nosso senso comum classifica que cultura é ir a museus, é ver
filmes bons, é ler bons livros e tudo isso aconteceu comigo nesses últimos
dias.
Primeiro: vi dois filmes MUITO, MUITO bons! O primeiro foi A
pele que habito, de Almodóvar. O segundo foi melancolia, de Lars Von Trier. Tive
uma relação muito forte com ambos, tão forte que não conseguirei escrever nesse
post e terei de escrever um post para cada.
Li dois livros: Água Viva, de Clarice Lispector e Trabalho
para mulheres e outros artigos feminista, de Virginia Woolf. Nem tenho o que
falar, né? As duas fazem parte do meu Pentateuco
feminino: Clarice Lispector, Ligya Fagundes Telles, Virginia Woolf, Clarissa
Pinkola Estés e Isabel Allende. Contudo, destes dois que li , gostei muito mais
do da Vírginia. Na verdade, se tivesse lido esse da Clarice logo de cara, sem
conhecer nada dela, continuaria a achando uma mulher bem arrogante, coisa que
ela não é.
Fui à belíssima exposição Impressionista no CCBB. Fiquei
muito, mas muito encantada!Meus olhos marejaram inúmeras vezes. Engraçado é que
eu fiquei muito tempo olhando pra uma pintura, extasiada, e meu namorado que me
apontou seu nome: O desfiladeiro das
mulheres selvagens, de Renoir! Existe ou não existe sincronicidade nessa vida??
Essa minha última aula na pós foi tão maravilhosa que nem
tenho palavras! Eu já fiz oficinas de Clown, mas esta foi diferente. Gostei
muito de encenar e fazer meu próprio Clown, mas amei de mais a primeira parte
da aula, a teórica, que falou sobre o Mito de Dionísio (agora entendo o porque dele ser o arquétipo dos
INFJS !) e seus múltiplos. Algo que descobri é que as Amazonas (mulheres
guerreiras, de uma sociedade matriarcal, que saiam em luta nas guerras em lugar
dos homens) eram , em grande parte, da Ucrânia!!!!!E eu sou descendente de Ucranianos!Outra
coisa legal foi que meu professor olhou a pedra que eu carregava no pescoço e
disse “Nossa, uma Avalone! No México usam muito essa pedra!” e eu estou numa
fase super apaixonada pelo México, quero até estudar a festa de Lo dia de los muertos, já que pretendo
cursar Tanatologia no futuro. Outra coincidência foi que este meu professor é
dono de uma página no facebook que eu sigo há pouco tempo, mas que ficava
curiosa em saber quem a administrava. E é ele!kkkk!
Gente, essa semana foi super cósmica, rsrsrs! Prometo dar um
parecer a vocês dos livros que li e dos filmes que assisti em breve.

Nossa, Day como foi interessante tudo. Muito rico culturalmente mesmo
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