O distanciamento causa novas percepções. Não estar mais
dentro do conflito pode tanto ser um agente superficial, quanto um otimizador
do olhar. O tempo passa agora seguindo um ritmo antes desconhecido, talvez o
seu próprio, sem distorções da realidade. Antes, era um tempo deslocado, que
trazia do futuro medos que não existiam e do passado dores ainda não curadas.
Não posso dizer que o tempo me pertence, mas que já sei
lidar com ele em seu compasso. Aprendi a seguir suas regras e entender que tudo
caminha na hora que tem de caminhar. Posso , ao largo disso, me reconstruir por
dentro, me apropriar do meu próprio fluxo, meu próprio tempo e deixar que o
relógio cumpra sua função sem que minhas mãos tentem o deter.
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