terça-feira, 10 de dezembro de 2019
"Ou foi o tombo do navio ou foi o balanço do mar..."
Duas palavras me definiam: medo e preconceito!
O medo era do desconhecido, ou pior, do conhecido,pois eu sabia desde sempre que muitas coisas iriam mexer comigo. Sonhos já me avisavam há muitos anos! E se eu perdesse o controle? E se algo ruim estivesse ali?
O preconceito,aquele mau e velho, construído na nossa mente assim que pisamos em uma sociedade dita cristã: “lá tem Exú, lá tem demônio, lá tem diabo, lá tem belzebu, lá tem o tinhoso!”. E o preconceito que aprendi no meio acadêmico: "religião hipster, só branco classe média frequenta! Há anos deixou de ser raiz!".
Mas desde que comecei com a magia, o fato de não conseguir me conectar com deuses me incomodava muito! Eu não sigo roda do ano, não faço pedido pra Apolo, não consigo dialogar com algo que não me toca, que não faz parte da minha cultura! Ainda peço pra Jesus e tenho um grande amor por Nossa Senhora Aparecida. Que bruxona é essa que tá pedindo pra deus cristão?
Tudo isso e outras coisas foram me levando à pensar “Mas aqui no Brasil tem uma religião mágica que cultua os deuses que eu conheço!”. E quando eu menos esperava,essas divindades começaram a se comunicar comigo por diversas maneiras! Surgiu uma necessidade, uma sede tão grande de conhecer cada uma delas que meu preconceito se tornou pequeno diante de tanta grandiosidade! E então, me permiti!
Meu coração acelerou,minha respiração sumiu, meus braços e mãos tremeram e eu senti algo que religião nenhuma havia me proporcionado,que é sentimento de plenitude, de poder alcançar o divino sendo exatamente quem sou! Um lugar onde eu posso ser magia, ser cristã, ser benzedeira, ser eu mesma,sem me sentir errada!
Agradeço ao plano espiritual que vem me modificando e me ajudou à ultrapassar as barreiras no momento certo para que eu pudesse ter a maturidade de entender o que a umbanda seria na minha vida!
Saravá!
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Aliás, hoje tem texto fresquinho no meu mais tarde. ��
ResponderExcluirSaravá!!!
ResponderExcluirNossa, fico impressionado como nossos processos e tempos são parecidos!
Exatamente isso que escrevestes é o que eu vivo hoje!
Em janeiro vou me mudar e sinto por não conhecê-la pessoalmente!