Me via presa em um lugar, mas não sabia qual era.
Toda minha vida perguntei-me onde eu estava
E porque de não me achar em nenhum canto,
Nenhum rio,
Nenhum mar.
Nada era eu ali.
Com o tempo, fui construindo caminhos,cavando túneis
Cada vez maiores e mais profundos.
Tirei forças de onde não tinha para escalar todas as serras.
Tomei todas as estradas e todo mundo me dizia:
"Você vai sair dessa!".
Até que cheguei ao topo e encontrei não uma pessoa, mas várias
Que me diziam:
"Bem-vinda, você chegou!"
Mas onde cheguei?
"Em lugar nenhum! O mundo é isso aí!"
A caverna é o mundo.
O mundo sou eu.
Não há lugar melhor nem pior.
Como viver sabendo que vou ter que conviver comigo até o fim?
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